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O CONSTRUMETAL | Construmetal 2019

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CONSTRUMETAL

O CONSTRUMETAL

"AÇO: PROTAGONISTA DO CRESCIMENTO
Tecnologia e Produtividade para a Construção"

De 20 a 22 de setembro, a ABCEM promoveu o 7º CONSTRUMETAL, compreendendo palestras magnas e seis painéis temáticos, além de sessões tecnocientíficas e de exposição de produtos e serviços. Durante os três dias, circularam pelo Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, mais de duas mil pessoas, entre expositores, representantes de entidades da cadeia do aço, empresários, professores e estudantes. Foram 300 participantes por dia na sala principal do congresso e cerca de 700 visitantes diários, dentre os quais engenheiros, arquitetos, dirigentes e representantes da cadeia produtiva da construção e da indústria do aço, professores e estudantes. O evento contou com Patrocínio Master de ArcelorMittal e Gerdau assim como o apoio de 40 entidades e empresas relacionadas com a cadeia produtiva da construção em aço.

Na abertura houve a participação do presidente executivo do AÇO BRASIL – Marco Polo de Mello Lopes, do presidente da SOBRATEMA1 - Afonso Mamede, do representante do ALACERO2 - Alberto Pose, além do presidente da ABCEM - Cesar Bilibio e de seus vice-presidentes. Destacado que economia é expectativa. A visão está um pouco mais otimista, mas 2017 ainda será devagar e a solução está em voltar a produção para exportação, sem perder de vista o desenvolvimento do mercado interno a médio e longo prazo em áreas de efeito multiplicador como o de infraestruturas. Lembrado que haverá melhores resultados se se promover a união e maior integração de esforços de todas as organizações da América Latina para fomentar a construção em aço.

A família do engº Norimberto Ferrari, da FAM Construções Metálicas Pesadas, recebeu o reconhecimento e o agradecimento da ABCEM por sua contribuição inestimável ao segmento da construção em aço, o pioneirismo de seu entendimento do processo de industrialização da construção e a priorização de novos conceitos construtivos. Em seguida foram anunciados os vencedores do Prêmio ABCEM que reconhece os arquitetos autores de projetos predominantemente em aço, e que mereceram link específico no site do CONSTRUMETAL 2016.

Em paralelo ao Congresso, ocorreram as Sessões Tecnocientíficas (sob coordenação de professor da POLI USP) para atender às demandas da academia e provocar o debate das necessidades de pesquisa e desenvolvimento. Foi promovido o curso Pontes Rodoviárias Mistas Aço-Concreto utilizando os conceitos do projeto de norma encaminhado à ABNT (e que será submetido à consulta nacional). Eventos paralelos atenderam a demandas específicas como a exposição "Caminho das Pedras para a Construção em Aço", os lançamentos de livro do Prof. Dr. Walnório Graça Ferreira, do Projeto Mola 2 e do Curso EAD Introdução ao Light Steel Framing. Houve a premiação do 9º Concurso CBCA de projetos em aço para estudantes de arquitetura.

A ABNT Certificadora esteve presente para prestar esclarecimentos sobre o Selo de Excelência ABCEM, programa de qualidade específico com o objetivo de certificar o cumprimento das normas relacionadas à gestão dos processos de projeto, fabricação e montagem, adequados às necessidades do mercado.

O tema "Aço: Protagonista do Crescimento" teve como objetivo mostrar as oportunidades de investimentos e as tecnologias com produtividade que a construção em aço oferece. As mensagens seguintes merecem destaque.

As palestras magnas sobre os avanços na arquitetura em aço (Joseph Burns e Razvan Ionica) transmitiram a experiência internacional, demonstrando a mesma paixão para criar e transformar o aço, entender seu comportamento e suas características. Enfatizada a necessidade de integração entre engenheiros e arquitetos. Reiterado o conceito de outras edições do CONSTRUMETAL: o Projeto é a linguagem que dá forma ao que se pretende, o que se quer comprar e receber. O cliente, público ou privado, tem objetivos e a única maneira de transmiti-los de forma compreensível ao investidor, ao prestador de serviço, ao fornecedor é através dos projetos de arquitetura e de engenharia.

As palestras magnas sobre as necessidades de P&D e o relacionamento escola e indústria (Ricardo Fakury e Joseph Burns) destacaram que ciência, tecnologia e inovação são instrumentos que reconhecidamente alavancam o desenvolvimento de um país. Inovação não é buscar uma solução mas sim ampliar possibilidades como motivação do novo e não do problema. A indústria da construção civil usa soluções clássicas, de resultados previsíveis e sem riscos, não tem cultura de se relacionar com as universidades e investir em P&D. Entretanto, é fundamental superar a máxima – na crise não se deve investir, na bonança, não é necessário investir. O apoio empresarial às pesquisas na área de estruturas de aço no Brasil concentram-se em programas de pós-graduação de universidades quase todas públicas e do sudeste. As pesquisas são financiadas com poucos recursos pelas próprias universidades e por agências públicas de suporte à pesquisa. É desejável que o P&D seja acompanhado em conjunto por escola e indústria, com decisões compartilhadas a cada nova etapa, como se apreende do conhecimento internacional.

Na palestra magna sobre a conjuntura política e econômica (Claudio Frischtak) foi demonstrado como a disponibilidade de recursos públicos para investimentos tem sido reduzida. O déficit nominal é de 10% do PIB, o déficit primário é de 2% do PIB, há dinâmica explosiva da dívida pública. Então o ajuste fiscal é essencial. A limitação de gastos e a reforma da previdência precisam ser aprovadas com menos discurso e mais objetividade. Sem eles não há como reverter o quadro. A menos que o governo erre e o Congresso não aprove as medidas de contenção de gastos e, pelo menos, a reforma previdenciária, 2018 pode surpreender, com base no impulso dos investimentos em infraestrutura. É preciso, também, melhorar a qualidade dos gastos. E aí a força da sociedade civil é e será fundamental.

As principais apostas para o novo ciclo de expansão das atividades na construção civil são as concessões de infraestrutura e as parcerias público-privadas. É preciso aproveitar a estabilidade política e buscar a estabilidade econômica. O PIB da construção puxa o PIB nacional. O business do momento é a infraestrutura. PPP não é modismo, é possível, tem de ser lucrativa e controlada pelo Tribunal de Contas. A legislação está disponível e oferece alternativas segundo a capacidade de geração de receita possibilitando acelerar os investimentos necessários para a sociedade. Porém, tabelar taxas de retorno não faz sentido e margens gordas onde cabem todos os riscos é o erro oposto. Então, o Governo tem de saber o que quer e o que é mais importante e prioritário. O Governo terá de concluir estudos técnicos e de viabilidade financeira, conversar com o setor privado, reconquistar a credibilidade perdida e garantir previsibilidade.

Avaliou-se a tecnologia de integração do projeto, planejamento e execução, o BIM, como processo de produzir e gerenciar os dados da construção ao longo de todo o seu ciclo de vida com mais produtividade, melhor rastreabilidade das ações, maior qualidade no produto, maior valor agregado ao serviço de projeto. Mas ainda há carência do conhecimento de que é mudança de processo e não meramente instrumental. A questão não é se vamos usar o BIM mas sim quando, pois trata-se de evolução de procedimentos.

A prevenção para a durabilidade foi pensada objetivando estender a vida útil do projeto e lá na frente aproveitar e renovar porque "sustentabilidade" é fundamental. A proteção passiva deve ter qualidade e precisa ser exigida em todas as estruturas. O conhecimento desenvolvido necessita ser aplicado na prática.

Cases apresentados demonstraram como as parcerias inteligentes podem contribuir para o sucesso do empreendimento com menores riscos pela industrialização, maior controle de custos decorrente da produtividade, para alcançar os objetivos estabelecidos com otimização, velocidade, sustentabilidade e flexibilização.

As vantagens das estruturas mistas foram apontadas por reduzirem a carga do edifício e também permitirem criar concepções arquitetônicas mais esbeltas. O método tem sido mais usado por agilizar o processo construtivo e também por se adequar melhor às diferentes configurações de layout e à escala do edifício. Enfatizados os critérios para o estudo da aerodinâmica das edificações e das cargas de vento que elas irão receber, e sua importância para projetar com segurança.

A elaboração de normas técnicas é voluntária, porém depois de editadas seu cumprimento não é lei, mas é obrigatório principalmente por dever legal em relação à segurança. Para o Direito, é presunção de regularidade. Tomando-se a ABNT NBR 15575 (norma de desempenho em edificações habitacionais), foi avaliado como afeta as relações jurídicas na construção civil e o questionamento quanto à qualidade do produto e às obrigações/responsabilidades. A gestão de risco de contratos foi abordada nos aspectos relativos às principais causas de disputas e ao gerenciamento. Os pleitos mesmo diante de bom plano não são descartados devido a indefinições e a embasamentos equivocados que poderiam ter sido evitados.

Vale ainda destacar que os palestrantes internacionais proporcionaram à plateia uma visão das soluções em estrutura metálica da atualidade e mostraram as novas tendências da tecnologia no mundo.

A presença dos presidentes e diretores das empresas produtoras de aço contribuiu significativamente para o sucesso do evento e foi uma demonstração da importância crescente da indústria da construção em aço no Brasil.

Em 2014, na 6ª edição do CONSTRUMETAL, concluiu-se que seria preciso crescer para melhorar, se antecipar, se prevenir e não ser simplesmente reativo. A ABCEM trabalhou nesse sentido e precisará continuar trabalhando considerando as mensagens da 7ª edição em sua agenda.

As mensagens foram ouvidas, debatidas e serão avaliadas/esmiuçadas. Com o apoio cada vez maior dos associados da ABCEM, com o quadro ampliado pelo setor de Light Steel Frame, e junto com o Instituto Aço Brasil, haverá uma agenda de trabalho com o governo e a sociedade para desenvolver e oferecer soluções.

O CONSTRUMETAL 2016 demonstra que o Brasil possui engenharia, produtos, conhecimento para que o "aço" seja protagonista da retomada do desenvolvimento.

Referência

1 SOBRATEMA – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração
2 ALACERO - Asociación Latinoamericana del Acero

Centro de Convenções Frei Caneca

Rua Frei Caneca, 569, Consolação

São Paulo - SP - Brasil

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