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O aço brilha no monotrilho Revista Construção Metálica, Edição 124 - Abril 2017, 15/03/2018

Diversos elementos estruturais em aço foram incorporados às estações da Linha 15 (Prata), que está sendo construída na zona leste de São Paulo

Passarela de acesso à estação em formato de túnel: estrutura metálica e vidros curvos autolimpantes

Para dar leveza às estruturas empregadas na nova Linha 15 (Prata) do monotrilho de São Paulo, na zona leste da cidade, uma das premissas do projeto arquitetônico das estações foi o uso de construção metálica em vários elementos. Desde as estruturas de cobertura das estações até as escadas, suportes de cabos e passarelas de acesso para o público e de manutenção estão sendo feitas neste sistema.

Ao todo serão 17 estações elevadas, instaladas nos canteiros centrais de avenidas da Vila Prudente até São Mateus. A linha completa terá 26,6 km de extensão e deverá beneficiar meio milhão de passageiros por dia (somente no trecho entre estes dois bairros, a demanda prevista é de 340 mil usuários/dia).

Hoje, apenas as estações Vila Prudente, que se conecta à linha 2 (Verde), e Oratório estão em operação, mas o Metrô promete que o novo ramal completo será entregue até 2018, a um custo final estimado de R$ 7,2 bilhões.

Pioneira

A linha é a pioneira no Brasil a implantar o sistema de monotrilhos com tração elétrica e sustentação por pneus. O veículo se desloca sobre uma viga com pneus laterais que guiam e estabilizam o trem. Mas é na composição arquitetônica das estações que a estrutura metálica brilha.

O engenheiro Adriano Joslin, diretor de obras da Brafer Construções Metálicas, destaca a rapidez com que os elementos de cobertura são construídos e a contribuição positiva para a arquitetura que a estrutura metálica proporciona, sobretudo em uma obra deste porte. No caso, a empresa responde pela fabricação e montagem de 2.630 t de elementos metálicos de oito estações de dois lotes: trecho São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói e Vila União (lote 1) e trecho Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus (lote 2). “Além disso, a construção metálica é, se comparada à civil, mais limpa e uniforme, pois requer menos elementos construtivos executados no canteiro”, ressalta.

Segundo o engenheiro, a superfície metálica de todos os elementos foi tratada com uma camada de pintura epóxi e outra de pintura poliuretano. É o caso das passarelas e rampas, que servem de travessia elevada (entre 12 m e 15 m) da avenida para pedestres e de acesso dos usuários às estações. Estas estruturas são fechadas com vidros curvos autolimpantes. “As passarelas de acesso público são em formato de ‘túneis’, compostos por perfis ‘I’ calandrados e por vigas retas no seu piso, e as escadas são totalmente soldadas, ou seja, não possuem parafusos nos degraus”, descreve Joslin.

As passarelas são enviadas com sua base (piso) prontas de fábrica. “Algumas precisam ser emendadas em obra, mas a maioria é simplesmente retirada do caminhão e lançada na posição final, com máquinas que também chegam a 400 t”, explica. Segundo ele, a montagem das partes que tornam as passarelas um “túnel” é feita in loco, elemento por elemento.

As coberturas, por sua vez, também são formadas por arcos de perfis “I” calandrados. Este elemento, conta o engenheiro, é fabricado em módulos, que são pré-montados em pequenas áreas confinadas na região da obra, e depois içados por guindastes que variam de 220 a 400 t de capacidade. Joslin revela que todas essas operações têm exigido o fechamento das ruas laterais das estações, e por isso estes serviços ocorrem geralmente nos finais de semana ou em período noturno. Até porque, justifica, como as estações estão situadas no canteiro central de avenidas movimentadas, apresentam em comum dificuldades adicionais: “a falta de grandes áreas para construção dos elementos metálicos e até para o patolamento dos guindastes”, afirma.

Paisagismo

A infraestrutura do monotrilho também permitirá renovar o espaço urbano no local de implantação da linha com um projeto de paisagismo que inclui arborização sob a via elevada – nas calçadas adjacentes – e integração com as áreas verdes do entorno, formando corredores ao longo do percurso. A criação de ciclovias é outro item da pauta de infraestrutura da linha. Após a conclusão da linha 15 (Prata), a zona leste de São Paulo contará com cerca de 6.000 árvores, número cinco vezes maior do que o existente hoje.

LINHA 15 (PRATA) DO MONOTRILHO DE SÃO PAULO

Extensão total: 26,6 km

Número de estações: 17

Demanda prevista: 500 mil passageiros/dia

Peso dos elementos metálicos: 2.630 t

Previsão de entrega: 2018


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