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ABCEM participa de painel da Construção Metálica, na ABM Week Imprensa ABM, 28/06/2022

O Vice-presidente de Estruturas Metálicas da ABCEM - Associação Brasileira da Construção Metálica, e presidente da Brafer Construções Metálicas, Marino Garofani, participou da 6ª edição da ABM WEEK, que ocorreu de 7 a 9 de junho, no Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo. O engenheiro coordenou o painel "Demandas no Brasil - Contextualização".

Na abertura do ABM Week, o presidente executivo da Associação Brasileira de Metalurgia, Horacidio Leal Barbosa Filho, falou sobre os mais de 800 trabalhos, apresentados nas sessões técnicas ao longo da semana, um número muito expressivo de contribuições, sobretudo em um momento em que ainda se sentem os impactos do auge da pandemia de Covid-19. “Ao longo dos dois últimos anos, tivemos que nos reinventar”, destacando que a ABM se fez presente entre seus associados por meio de webinars e cursos online ao longo da pandemia, além de ter investido em uma reestruturação dos regionais da Associação.

 “Ao longo dos dois últimos anos, tivemos que nos reinventar”, Leal salientou na cerimônia, destacando que a ABM se fez presente entre seus associados por meio de webinars e cursos online ao longo da pandemia, além de ter investido em uma reestruturação dos regionais da Associação.  “Além disso, transformamos parte da nossa sede na Casa de Metal Espaço Cultural, com participação dos nossos mantenedores", acrescentou.

Segundo Marcos Eduardo Faraco Wahrhaftig, vice-presidente de Operação da Gerdau Brasil e coordenador geral da 6ª ABM WEEK, o evento tem a enorme missão de promover o intercâmbio tecnológico e de conhecimento no setor, buscando aumentar sua competitividade, com “programação robusta focada em inovação tecnológica e nas tendências que vão nos guiar”, disse.

De acordo com Sergio Leite de Andrade, presidente do conselho de administração da Usiminas e presidente do Conselho de Administração da ABM, “o momento crítico recentemente vivenciado pode apontar para novos caminhos futuros”.

Já Maurício Metz, diretor corporativo industrial, de engenharia e SSMA da Gerdau, lembrou que a ABM existe desde 1944, “de forma que sua história se confunde com a história da indústria no país”. Segundo ele, o encontro funciona como um fórum importante para a indústria neste momento, especialmente considerando o período adverso recém-enfrentado.

A cerimônia também incluiu as premiações e homenagens tradicionalmente conferidas pela ABM e por patrocinadores. 
A Medalha Hubertus Colpaert 2020, que reconhece o mérito em metalurgia física e metalografia, foi dada a Dagoberto Brandão Santos, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Alamar Kasan Duarte recebeu a Medalha Vicente Chiaverini 2021 de mérito em processos. 

Patrocinadores entregaram sete prêmios temáticos: redução e aglomeração de minérios (Família Meyers), incentivo à iniciação científica  (Waelzholz Brasmetal Laminação), Prêmio Luiz Dumont Villares (Villares Metals), Villares Metals Bronze (Villares Metals), Villares Metals Prata (Villares Metals), Usiminas de Inovação (Usiminas) e Vale.

Também foi entregue o prêmio JMRT Career Award ao engenheiro Dirk Raabe, do Max-Planck-Institut für Eisenforschung.

Por fim, a principal honraria concedida pela Associação, a Medalha de Mérito da ABM, foi conferida – em um palco 100% feminino – aos homenageados de 2020, a consultora e Conselheira da ABM Vânia Lúcia de Lima Andrade e o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), representado por sua diretora, Iêda Maria Vieira Caminha. 

Painel da Construção Metálica - Soluções para infraestrutura e edificações

Dividido em três segmentos, o painel realizado no segundo dia do evento, abordou as demandas do mercado brasileiro e as soluções competitivas trabalhadas tanto interna quanto externamente. E contou ainda com a participação dos renomados especialistas internacionais Bassam Burgan, diretor do Steel Construction Institute (SCI) do Reino Unido, Prof. Carlos Rebelo, da Universidade de Coimbra, em Portugal e pesquisador no Institute for  Sustainability and Innovation in Structural Engineering (ISISE), e Luis Simões, diretor do ISISE e vice-reitor da mesmo universidade, além de Alejandro Wagner, diretor executivo da Asociación Latinoamericana del Acero (Alacero).

Na primeira etapa do encontro, mediada pelo presidente da Brafer Construções Metálicas e vice-presidente da Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM), Marino Garofani (primeiro à direita), o Prof. Ricardo Fakury, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e Eduardo Zanotti, diretor executivo do Centro Brasileiro de Construção em Aço (CBCA), expuseram um cenário complicado no Brasil quando pensamos em construções metálicas. 

O diretor executivo da ABCEM Ulysses Barbosa Nunes, e consultora técnica da ABCEM, Dra. Cátia Mac Cord Simões Coelho também marcaram presença no evento.

Na oportunidade, Garofani, da ABCEM, demonstrou o otimismo em relação aos números do setor de estruturas metálicas para 2022 e 2023; o desafio de automatizar mais etapas do processo de fabricação de estruturas - aumentando assim a produtividade das fábricas e qualidade dos produtos finais. Falou ainda sobre o papel determinante do investimento em infraestrutura do Brasil. A importância da integração da Indústria Brasileira e suas Universidades, também foi citada por Garofani que, vê esta relação como um berço de inovação e de profissionais mais capacitados em processos construtivos mais especializados, como a estrutura metálica.

Segundo Zanotti: “A carga tributária total sobre a estrutura metálica pode ser até 148% maior em relação a estrutura em concreto realizada in loco”, listando ainda a questão cultural, informações mal divulgadas sobre o tema, uma visão errada sobre os custos de operação, além da falta de mão de obra especializada e boa formação profissional como desafios do setor. 

 “A carga horária média das disciplinas de estrutura de aço é pouca, cerca de metade da carga sobre estruturas de concreto”, explicou ele. “Mesmo engenheiros bem formados não saem prontos e preparados para o mercado”, continuou, ao falar sobre o despreparo de professores sobre o tema e a baixa capacitação que empresas oferecem sobre isso atualmente. No entanto, ambos os convidados vêem com certo otimismo o futuro do setor, com Fakury mostrando que, diferente de até poucos anos atrás, o Brasil hoje dispõe de muita literatura de qualidade sobre o assunto e uma consistente publicação de novos artigos acadêmicos.

Já na segunda parte do evento, dedicada às soluções competitivas no cenário internacional, Alejandro Wagner começou trazendo dados sobre o consumo de aço tanto no Brasil quanto na América Latina como um todo, em comparação a outras partes do mundo. Apesar dos números consistentes dos últimos anos no nosso país e no continente, o diretor da Alacero deixou claro o espaço que a América Latina tem para crescer, ainda mais considerando a importância do aço para que a indústria de construção seja cada vez mais uma economia de baixo carbono. 

“A América Latina tem uma situação muito favorável, com abundante disponibilidade de recursos naturais e condições para implementação de projetos de energia renovável e biomassa”. 

Na sequência, os pesquisadores Bassam Burgan e Carlos Rebelo, além de Luis Pupin, Global R&D Brazil da ArcelorMittal e especialista na metodologia Steligence, apresentaram as diferentes inovações que as instituições e empresa que representam vem desenvolvendo para ajudar a alavancar o setor de construção em aço. Em comum em suas palestras, os três especialistas ressaltaram os benefícios ambientais e econômicos do uso mais extensivo da liga metálica, além de apontar fatores que podem potencializar isso, como um melhor design de projetos e estruturas, um uso mais eficiente de materiais e padronizações para reusos no futuro. Burgan e Rebelo ainda trouxeram exemplos práticos do que vem sendo trabalho no SCI e no ISISE, como aplicações que minimizam o desgaste de estruturas, desenvolvimento de torres de energia eólica automontantes, geração de energia de maneira mais limpa, entre outras.

Na última etapa do painel, focada nas soluções para o mercado interno, Tomás Vieira de Lima, diretor de estrutura metálica da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), introduziu a discussão da qual participaram Gustavo Chodraui, engenheiro calculista sênior da CODEME, e Alexandre Jordão, especialista em desenvolvimento de mercado da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM).

O executivo da Abece, retomando em parte o “desafio cultural” mencionado por Eduardo Zanotti, trouxe para o debate os preconceitos que a construção metálica e estruturas de aço mistas ainda enfrentam no Brasil, como de que o material é muito caro, quando as pessoas erroneamente comparam com o concreto e não consideram o empreendimento como um todo, e equívocos como achar que a estrutura metálica não tem durabilidade pois enferruja ou que o aço amolece em caso de incêndio. Além disso, Chodraui falou sobre como contrapor esses pontos com as vantagens de produtividade e ambientais do material.

Na última palestra do dia, Alexandre Jordão trouxe o enfoque para o uso de ligas de aço microligado ao nióbio e como elas auxiliam em uma maior desmaterialização das construções, elevando ainda mais a conversa sobre a área se tornar mais sustentável. Além das aplicações em mobilidade, energia e parte estrutural, o especialista da CBMM deixou claro, como levantado nas apresentações anteriores também, a importância das ligas de aço de alta resistência para auxiliar na descarbonização da construção civil, direta e indiretamente, e como uma desmaterialização mais prática de obras e empreendimentos também segue por esse caminho necessário. “Mais do que termos materiais de alta performance, também é essencial termos no setor da construção materiais que se desmaterializam”, destacou, fechando sua exposição e o painel.

O balanço da 6ª edição da ABM WEEK, demonstrou o sucesso do maior evento técnico-científico do setor minerometalúrgico e de materiais da América Latina. O número de participantes superou as expectativas dos organizadores, conforme apontou André Luiz Vasconcellos da Costa e Silva, professor da Universidade Federal Fluminense e coordenador técnico da Semana.

Foram 1740 participantes inscritos e 776 trabalhos apresentados. Além disso, a semana contou com 68 patrocinadores, sendo 26 novos – um aumento de 12% em relação à edição anterior, em 2019.

A Semana incluiu três cursos e um workshop no pré-evento, na segunda-feira (6/6), com um total de 74 participantes. Foram realizadas sete mesas-redondas, três painéis, três rodadas de negócios e uma sessão plenária. Ao todo, 25 keynote speakers ministraram palestras no durante a programação.

Fonte e fotos: Imprensa ABM


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