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O diretor executivo da ABCEM, Ulysses Barbosa Nunes, participou, no dia 11 de setembro, da reunião do Conselho de Mineração e Metalurgia, da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, em Belo Horizonte (MG), durante o Exposibram, para debater sobre o setor no país.
Na oportunidade, o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Wilson Brumer, falou sobre o futuro da mineração no país. Defendeu a necessidade de se ter maior clareza no arcabouço institucional definição de políticas públicas, arrecadação e repasse de receitas e investimentos públicos voltados para o setor, além de ter melhor planejamento do desenvolvimento regional integrando a mineração às políticas públicas. “É importante envolver as comunidades locais, empresariais, lideranças e entidades nas discussões”, comentou. Reforçou ainda a necessidade de melhorar a segurança operacional como um todo, desmistificar a mineração e reconhecer que o Brasil é uma potência mineral global.
Outro ponto destacado por Brumer foi necessidade de investir na Geologia. “Precisamos retomar os investimentos em pesquisa mineral. Sem isso não há como garantir novos projetos e empreendimentos, além da manutenção do volume de produção”. Ainda segundo ele, é importante ter mecanismos de financiamentos para pesquisa mineral e etapas seguintes. A criação e promoção de Fundos de Capital de Risco para a Indústria de Mineração e novos arranjos inovadores de parceria entre os agentes privados e públicos estão entre as sugestões para um futuro melhor do país neste mercado.
O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), Luiz Maurício Azevedo, mostrou a situação minerária em relação ao restante do mundo. Segundo ele, a Austrália este ano chega a um PIB mineral 13 vezes maior que o do Brasil. “Enquanto a Austrália cresceu 69% em produção mineral, nós crescemos apenas 3%”, comparou. Entre os diferenciais desse país estão o fato de que eles praticam a isenção de impostos na importação; têm previsto 100 milhões em novos projetos de metalurgia complexa e em minas profundas; o governo aporta até 30% do capital nos projetos; e a maioria dos projetos são feitos na forma de auto licenciamento.
Ele reforçou ainda a necessidade do investimento em pesquisa no setor. “Hoje a máquina pública não é eficiente como a máquina privada. Atraímos menos os investidores. Um banco de investimentos quando tem um projeto no Brasil, o crivo é muito maior”, analisou.
Diretores da Agência Nacional de Mineração falaram sobre como tem sido o trabalho de regulação do setor minerário no país. Segundo o diretor Eduardo Leão, o grande problema tem sido a falta de pessoal e de recursos para dar andamento dos trabalhos em relação ao volume de demanda.
“Apesar do déficit, estão sento feitas melhorias, como a integração dos sistemas de dados e a digitalização dos processos. Também estamos lutando para melhorar a transparência e a comunicação junto à população”, contou. Eles reforçaram ainda que existe um decreto em vigor desde abril deste ano que permite a doação de bens móveis e de serviços, de pessoas físicas ou jurídicas pelos órgãos e pelas entidades de administração pública federal direta, autárquica e funcional.
O presidente executivo da Abimaq, José Velloso, defendeu a necessidade de todos estarem unidos fortalecer o setor no Brasil. “Sabemos a dificuldade do Governo Federal hoje, contingenciando diversas áreas, mas esses recursos para o setor têm que vir. É um tema de extrema importância e vamos colaborar debatendo junto ao governo no que estiver ao nosso alcance”, comentou.
Fotos: Abimaq
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