Fotos: Elvira Nascimento
A Usiminas, associada à ABCEM, retomou nesta segunda-feira (14), a produção do Alto-Forno 2 da Usina de Ipatinga, que estava paralisado há cerca de oito meses. Com o retorno das operações, a companhia volta a produção de aço bruto em plena carga.
O equipamento, que tem capacidade de produzir 55 mil de toneladas de ferro-gusa por mês ou pouco mais de 600 mil toneladas por ano, era o último equipamento que ainda estava paralisado. Para a retomada, que vinha sendo trabalhada desde dezembro de 2020, a Usiminas investiu R$ 67 milhões no processo, e gerou cerca de 600 empregos temporários durante a obras, conduzidas, entre outras empresas, pela Usiminas Mecânica. Já para a operação do alto-forno 2, a usina contratou 40 novos colaboradores permanentes.
De acordo com o presidente da Usiminas, Sergio Leite, o retorno do equipamento permitirá elevar em cerca de 20% a produção de gusa na Usina de Ipatinga em relação aos níveis do quarto trimestre de 2020 e do primeiro trimestre de 2021. “Dessa maneira, iremos ampliar, ainda mais, nossa capacidade de atendimento ao mercado interno, que registrou um aumento da ordem de 44% no consumo aparente de aços no primeiro quadrimestre de 2021, em relação ao ano passado”, destaca, lembrando ainda que, a empresa tem sua atuação voltada ao mercado interno, com vendas em torno de 80% da produção. No primeiro trimestre de 2021, esse índice foi elevado e chegou a 93%, segundo o executivo, resultado do esforço da companhia em apoiar a retomada a economia nacional após o período crítico vivido em 2020.
Sustentabilidade e inovação
Com intervenções no cadinho, nos refratários da rampa até a cuba superior e no sistema de refrigeração no topo do equipamento, entre outras ações, durante o período da reforma, a Usiminas se tornou a primeira siderúrgica no Brasil a utilizar a metodologia recuperação de cadinho com aplicação de concreto refratário. A tecnologia permite a redução do tempo gasto na atividade e também do custo. O mesmo equipamento recebeu, ainda, uma melhora em seu sistema de monitoramento e controle de temperaturas.
Seguindo com sua política de sustentabilidade que vem sendo intensificada, a Usiminas investiu outros R$ 25 milhões na reconstrução do sistema de tubulações e coifas e no sistema de despoeiramento do forno, o que permitirá redução na emissão de particulados durante a operação e um melhor desempenho ambiental do equipamento.
“Esse segundo investimento é mais um passo em nossa agenda ESG. Na mesma linha, podemos citar a Central de Monitoramento e a Rede Automática de Monitoramento de Particulados, inauguradas em 2020”, lembra Américo Ferreira Neto, vice-presidente Industrial da Usiminas. O executivo ressalta que a metas ESG da companhia incluem ainda temas como diversidade e inclusão e saúde e segurança do trabalho.
Desde da sua inauguração em setembro de 1965, o Alto-Forno 2 já produziu mais de 31 milhões de toneladas de ferro gusa. Antes da parada atual, a última grande reforma do equipamento foi realizada em 2003. Além do forno, que retorna sua operação nesta segunda-feira, a Usina de Ipatinga conta com dois outros semelhantes, o Alto-Forno 1, também com capacidade para 660 mil ton/ano, e o Alto-Forno 3 com capacidade de produzir 2,3 milhões/ton ano.
Alto-forno 2
• Data da Inauguração: 2/9/1965 – acendimento simbólico com chama vinda do Alto-Forno 1
• Capacidade: 660 mil toneladas de ferro gusa por ano
• Investimento na reforma: R$67 milhões
• Investimento sistema de despoeiramento: R$25 milhões
• Produção acumulada: 31,3 milhões de toneladas de ferro gusa
Fonte: Imprensa Usiminas