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Estrutura metálica do Hospital Mater Dei Salvador acompanha condição radio-concêntrica ABCEM, 10/11/2020

O projeto arquitetônico do Hospital Mater Dei, em Salvador (BA), que teve sua pedra fundamental lançada em 13 de agosto de 2020, com a presença de autoridades da região, adotou a forma cilíndrica devido à situação privilegiada para um hospital que se situa na parte alta no Rio Vermelho, local tradicional de Salvador junto à faixa litorânea, com a colocação de todo o setor de internação com vista para o mar, um visual que vai do Farol da Barra à região de Itapuã.A estrutura metálica adotada para todo o complexo acompanha a condição radio-concêntrica com solução mista aço-concreto eliminando a necessidade de tratamento intumescente da mesma. 
 
Segundo a Zanettini Arquitetura, responsável pelo projeto, a forma cilíndrica se justifica ainda, por situar-se numa curva de encontro de duas vias arteriais de grande movimento com um encontro circular concordante entre as mesmas, as avenidas Vasco da Gama e Anita Garibaldi. 
 
Ao todo, são 61.188 m² de área construída, distribuídos em:  atendimento via convênios e particulares, 24 Pavimentos, mais heliponto, 369 leitos, sendo 40 CTI adulto e 40 UTI Pediátrica, 21 Salas Cirúrgicas/Obstétricas, Medicina Diagnóstica, Pronto Socorro Adulto e Infantil, Oncologia, mais de 740 vagas de estacionamento. A 90 metros do Hospital, o Centro Médico integra um conceito moderno e internacional de Centro Integrado de Saúde e contará com: 9.944 m² de área construída, 19 pavimentos, Centro de Convenções, 91 vagas de estacionamento, 62 consultórios e áreas administrativas e de apoio ao Hospital.

De acordo com o escritório de arquitetura, acresce ao projeto, o fato de que pelas condições geológicas de local a área de 8.000m² se situa sobre solo rochoso impedindo a colocação de nove pavimentos de garagem com 744 vagas, locadas na parte intermediária do edifício, cujas circulações de acesso às mesmas e as rampas entre pavimentos se acomodam em círculos contínuos sobrepostos. 
 
Como também por estar numa área circundada por três vias que possibilitou acessos de pedestres junto à avenida Vasco da Gama de veículos ambulâncias e cargas pela Rua Dr. Rômulo Serrano,  e saída ao nível mais alto no 3º pavimento para a Avenida Anita Garibaldi. 
Ainda todas as funções de pacientes externos, internação e alta e pessoal (médicos, enfermagem, serviços) encontraram na forma adotada uma condição natural de locação. 
 
Foi cerca de quatro meses para execução de corte da rocha para receber fundações e cortinas, tempo necessário para a execução de parte da estrutura metálica, tendo sua montagem totalem aproximadamente outros seis meses, concomitantemente à execução das lajes steel deck, divisórias drywallde todas as divisórias juntamente com a montagem programada dos painéis unitizados de vidro e de alumínio composto, que ocuparão outros doze meses com a programação seguinte no tempo restante dos sistemas com a montagem e execução de toda a arquitetura de interiores. Vale destacar que, no mesmo prazo, estará sendo montado próximo ao local o Centro Médico também do Grupo Mater Dei, destinado a atender funções complementares. Além do setor administrativo e uma área destinada a um auditório para cursos, palestras e conferências.
 
Atendendo a todas as normas técnicas de segurança, acessibilidade, setorização, fluxos e sustentabilidade, o complexo acomoda uma praça descoberta com jardins, capela ecumênica e locais de deambulação de pacientes acompanhantes e pessoal fazendo a transição da forma inferior que contém todas as atividades do hospital com o bloco superior de internações, todas de última geração com sistemas de comunicação, controle e operação ocupando lugar de destaque na área médica de Salvador. 
O plano diretor resultante foi o encontro equilibrado e harmônico de integração sistêmica da proposta arquitetônica com todas as demais disciplinas técnico-cientificas. O Plano Diretor e o anteprojeto de arquitetura, estrutura, instalações, gases e ar-condicionado ocorreram em nove meses de trabalho intensos na elaboração dos projetos e sua compatibilização. 
 
A expansibilidade e a flexibilidade da planta foram equacionadas no projeto de arquitetura pela boa interação do projeto com as equipes médicas, de enfermagem e serviços, protagonistas que precisam ser ouvidos na conceituação do projeto pela diversidade de usos de diferentes espaços que devem atender diversas funções.
 
A humanização dos espaços inicia-se com a preocupação da setorização de áreas, dos fluxos entre os setores e na ambientação com a utilização dos materiais de acabamento com uso correto e respondendo a funções diversas; aproveitamento de iluminação natural e otimizando a artificial; aberturas para o exterior e para áreas ajardinadas; busca de espaços com qualidade ambiental; equipamentos e mobiliário ergonomicamente adequados; soluções que transmitam a sensação aprazível e de aconchego a pacientes, acompanhantes a quem trabalha e aos visitantes; arquitetura identificada com o lugar onde se implanta e flexível para atender a todas as exigências técnicas e ambientais com sensibilidade. 
 

Medidas de sustentabilidade - A sustentabilidade é parte integrante do projeto com a visão industrializada, limpa e segura e com condições ambientais de orientação solar, ventilação, iluminação natural, onde o meio ambiente é estrutural, objetivando: assegurar a renovação dos ecossistemas naturais, minimizando os impactos ambientais resultantes da intervenção humana; contribuir para a biodiversidade natural, respeitando fatores regionais, culturais, históricos, materiais e ecológicos; garantir a qualidade dos ambientes interiores, melhorando o conforto e bem-estar dos ocupantes, possibilitando aumentos significativos de produtividade e resultados; eficiência no uso de recursos como energia, água e desempenho dos materiais e equipamentos; adotar tecnologias limpas e renováveis; desenvolver sistemas flexíveis facilitando a operação e manutenção, e criar ambientes visando ampliar a vida útil do edifício; utilizar materiais que possibilitem minimizar a quantidade de resíduos e promover a reciclagem correta dos mesmos; apropriação de materiais adequados, otimizando seu desempenho e ciclo de vida dos mesmos e,  integração ambiental dos processos de projeto, construção e operação com o sitio onde a arquitetura se implanta, nas paisagens construídas ou naturais. 

De acordo com o arquiteto responsável, SiegbertZanettini, é desafiante estruturar um espaço de saúde onde os inúmeros arranjos espaciais devem obedecer a uma organização funcional que tem a questão da saúde nas dimensões médica operacional e espacial, objetivando ambientes que contribuam para a recuperação de pacientes com espaços propícios ao atendimento claro de diversas funções de assistência, segurança e limpeza facilitando ações médicas, de enfermagem e de serviços no tratamento e recuperação de pacientes.

Equipes técnicas:

Zanettini Arquitetura, Siegbert Zanettini (arquiteto responsável), Thaís Barzocchini (arquiteta supervisora), arquiteta e engenheira Natália Brazão (coordenadora), Ernani Moura (engenheiro coordenador), arquitetas colaboradoras Camila Conti, Alessandra Salado e Carla Andrade.


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