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Painéis do Construmetal 2023 abordam capacitação, tecnologias sustentáveis na construção e capacidade das empresas para leilões de transmissão de energia ABCEM, 08/10/2023

 

A Transformação Digital da Indústria da Construção em Aço: Novas Tecnologias para Projeto, Fabricação, Montagem e Gestão de Obras” foi o tema do primeiro painel do Construmetal 2023, com a mediação de Luiz Eduardo Ganem Rubião, sócio da Deloitte.

Na oportunidade Carlos Costa, diretor de Divisão Regional da Trimble Brasil, traçou a linha do tempo do sistema BIM e apresentou a importância do sistema como grande aliado da construção industrializada, destacando a sua contribuição para a sustentabilidade ao fornecer dados em tempo real sobre carbono.

Já Vinicius Pinto, gerente regional de vendas da Yaskawa Motoman, demonstrou as diversas aplicabilidades dos robôs da Yaskawa, como a de solda dentro de peças, de corte, entre outras.

Rafael Zacarias, diretor técnico da Kingspan Isoeste, agradeceu a oportunidade de poder falar nesse painel já que a empresa é muito digitalizada principalmente na melhoria da produtividade, na cobertura de eventuais problemas de mão de obra e tudo com o olhar de um fornecedor de materiais e serviços.

Na sequência, a instrutora de Formação Profissional, do Senai Construção Civil, Márcia Rodrigues da Silva, apresentou o programa Jornada da Transformação Digital, uma iniciativa envolvendo FIESP, CIESP, SENAI-SP e SEBRAE-SP para que, segundo ela, a indústria passe por essa transformação digital de fato. “Esse programa tem o alcance de mais ou menos 40 mil empresas, para todas as áreas da indústria e fica aqui o convite para a construção civil”.

Encerrando, Mara Mognon, gerente comercial da Metasa S.A, falou sobre as tecnologias hoje utilizadas pela empresa e mencionou a criação de uma realidade virtual avançada, que visa inspecionar fábrica e canteiros de obra.

 

 

O painel 2 trouxe para o debate: “Pesquisa & Desenvolvimento e as Novas Profissões: Os Desafios para Capacitação Profissional Impactados pela Transformação Digital”. E foi mediado por Alberto Leal, professor adjunto da Universidade Federal da Bahia.

Monica Anastassiu, coordenadora do Curso de Engenharia de Software no Inteli – Instituto de Tecnologia e Liderança, apresentou números de alunos  matriculados na no Ensino Superior no Brasil. Segundo ela dos 8 milhões de alunos matriculados, apenas 150 mil (1,8%) estão estudando engenharia ou ciências da computação. “Os 10 melhores cursos de computação do país oferecem cerca de 1200 vagas por ano, mas até 2030, haverá uma demanda de cerca de 1 milhão de vagas. Ou seja, se medidas não forem tomadas agora, enfrentaremos uma escassez severa de profissionais qualificados”.

Já Rodrigo Varejão Andreão, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (IFES), explanou sobre o projeto “Oficinas 4.0”, realizado pelo IFES, que teve sua primeira chamada executada em 2020. “A gente precisa fazer um trabalho para a atração desses jovens, porque a carreira na área tecnológica é dolorosa. Ela não é fácil. Programar não é fácil. Desenvolver software não é fácil. Trabalhar com essas tecnologias requer um conhecimento apurado e é complexo. Então a gente estimula, tem uma diversidade de projetos, eu mapeei em temas, então tem projetos no setor de comércio, turismo, saúde, educação”.

Roberval Pimenta, diretor e consultor técnico da ABCEM fez uma provocação ao público. “Há uma assimetria na construção metálica. Enquanto grandes empresas trabalham com as ferramentas modernas, no geral estamos bastante atrasados na transformação digital. O ensino da estrutura de aço andou para trás. Com algumas exceções, quais universidades ensinam hoje estrutura de aço?”

Zacharias Chamberlain, da Universidade de Passo Fundo, acredita que ainda é preciso trabalhar muito para que o engenheiro recém formado já esteja  capacitado para toda essa transformação digital exigida atualmente. Destacou esse gap de grandes mestres para o panorama atual. Propôs ainda que a ABCEM crie uma diretoria de inovação para ajudar a formar os professores das universidades.

 

 

No terceiro painel “Tecnologias para o aumento da produtividade, integração dos sistemas e sustentabilidade na construção civil, Luiz Henrique Ceotto, sócio-diretor da Urbic Construtora, acredita que a maneira brasileira de produzir construção em aço está errada e apresentou o sistema construtivo da sua empresa. “Pra fazer construção industrializada você necessita de precisão e sem precisão você não tem velocidade. Eu peguei inspiração na indústria automobilística. Então a estrutura da minha construção tem que ser o chassi, com isso a velocidade com a construção metálica é superior à construção convencional”, relata.

Já Fábio Luis de Gerone, vice-presidente de Light Steel Frame da ABCEM e diretor da Santo André, está convencido de que a construção em Light Steel Frame é a construção industrializada que melhor se molda, se adéqua à construção de três pavimentos e afirmou o crescimento desta solução no Brasil.

Enrico Mangoni, diretor técnico do Studio Mangoni Brasil Engenharia, apresentou estudos, demonstrando as dificuldades tanto no Brasil, como na Europa. “Na Europa, por falta de mão de obra muitas empresas nem conseguiram entregar a obra. Já as empresas brasileiras tem maior dificuldade de atender em termos de responsabilidade socioambientais”.

William José de Moraes, Head de Projetos Residenciais da Modularis, apresentou um pouco da construção modular volumétric, painelizada e o sistema híbrido. Apresentou ainda os cases das lojas da Cacau Show, que passaram de 10 lojas em uma semana para 35 em apenas 7 dias, demonstrando a velocidade e a economia de tempo do sistema.

Já Rafael Zacarias, diretor técnico da Kingspan Isoeste, apresentou como case do espaço onde estava ocorrendo o evento, que foi executado pela empresa: o Mirante do Allianz Parque. “Com estrutura metálica, painéis isotérmicos e telhas, a construção do Mirante mostrou todas as vantagens da construção metálica:  peso, içamento, pré-moldado, modular, peças já acabadas em fábrica e modulares. A redução de calor em até 40% também demonstrou a eficiência da construção metálica e o seu compromisso com a sustentabilidade”, relatou.

Para Flávio Augusto Picchi, presidente do Lean Institute Brasil, mediador do painel, a demanda por prazos menores, qualidade superior, redução de desperdício e maior sustentabilidade estão transformando o setor.

 

 

No painel quatro, Thiago Martins, superintendente de Transmissão de Energia da Empresa de Pesquisa Energética, falou do investimento previsto de para o setor. “São 77,3 bilhões de reais até 2040, sendo 85% por meio de licitações”, disse.

Na oportunidade, Ricardo Nakamura, vice-presidente da ABCEM, respondeu um questionamento do mediador do painel, Luiz Cruz Schneider (conselheiro da Brametal) sobre à indústria brasileira estar preparada para atender às demandas de leilões de transmissão, incluindo empresas de estruturas metálicas de linhas de transmissão. “O setor aumentou os investimentos desde 2015 e está preparado para a expansão da transmissão de energia”, respondeu Nakamura.

Gustavo Pereira, diretor comercial da Tabocas, explicou que a indústria da construção tem capacidade de suprir às demandas.

Para Mario Miranda, presidente executivo da Abramat. “Se não houvesse as linhas de transmissão, os consumidores pagariam 20% a mais pela energia elétrica devido à necessidade de se manter reservas regionais. O Brasil é exemplo mundial de interligação elétrica com dimensão continental. E o índice de qualidade é de 99,7%, maior que qualquer serviço público”. E, ressaltou que o leilão não termina com o anúncio do vencedor. “É um contrato de casamento de 30 anos com o Governo”.

Maurício Machado, diretor comercial de cabos da Alubar, ressaltou que alumínio tem baixa pegada de carbono em cabos de transmissão produzidos localmente e também garantiu que não faltará cabo após os leilões.

 

 

A construção industrializada para órgão governamentais foi a tônica do quinto e último painel, que contou com as presenças do vice-governador do Estado de São Paulo, Felício Ramuth; Uallace Moreira Lima, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços – MDIC, Tiago Rossi, gerente de Novos Negócios, da Racional Engenharia; Patricia Raposo Machado Bittencourt, gestora de projetos da VP de Tecnologia e Sustentabilidade, do Secovi-SP; e Rodrigo Navarro, presidente executivo, da Abramat. A mediação foi realizada por Teco Medina, jornalista e economista da Rádio CBN.

“Para as novas tecnologias, falta uma tabela de valor, o que dificulta fazer as contratações. Por isso, é importante o setor ajudar a construir os novos marcos legais. Construções rápidas com novas tecnologias mudam a vida das pessoas”, disse Ramuth, ressaltando que a missão do Governo de SP é facilitar iniciativas inovadoras.

A desburocratização e a alta taxa da construção industrializada em comparação à convencional foram os assuntos levantados por Rodrigo Navarro, presidente executivo da Abramat.

Para Patrícia Raposo Machado Bittencourt, gestora de projetos da VP de Tecnologia e Sustentabilidade do Secovi-SP, disse que o ESG é direcionado para as empresas e o ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – são metas de governos. “Mas a gente como empresa pode contribuir para os ODS. No Secovi, dizemos que ESG é uma nova forma de fazer negócios, e será potencializado pela construção digitalizada. Quando se investe em construção industrializada se está contribuindo para os ODS”.

Já Uallace Moreira Lima, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços MDIC do Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços, acredita que a construção civil é estratégica para o projeto de neoindustrialização do governo brasileiro, por incorporar inovação e sustentabilidade.

Assim como outros participantes, Tiago Rossi, da Racional Engenharia, defendeu uma solução mista de concreto com aço na construção industrializada.

Armando Júnior, secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Prefeitura de São Paulo, apresentou dados que dão conta que a construção civil é a segunda maior empregadora da cidade de São Paulo, responsável por 300 mil empregos e 55 mil MEIs.

 

Por: Dayse Oliveira I Fotos: Divulgação Francal Feiras

 


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